quinta-feira, 17 de março de 2011

Auto do que sou






sei, do meu saber de ser
 do qual não acho lugar  nenhum
comum ao que sou e que sei
saber que sou.
Nenhum ponto comum na encruzilhada
da passagem naquela molhada e envolta estrada.
Que os deuses me caiam em cima se não é mesmo
uma estrada feita de encruzilhadas,
tal como todas as estradas.


Que os fados* me acudam se não é aqui
nem agora que morrerei
já que aqui me vejo entregue naquilo que deixei
de ser apenas porque sei ser se não for.


Tragam a arma, me devolvam
Tal coisa carregada
‘pa’ fazer dela ela mesma
para que existe nela sua
própria existência,
senão para mim, para minha morte.

No fim da linha em começo
por apresso ao que sou.
Matarei meu ser n mantido
agora lá morto está.

goodbye my heart with good feelings…  







*destino

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